Com ele fico satisfeita.
E eu nunca fico satisfeita com nada.
Como pode alguém ser capaz de nos trazer este tipo de prazer? Este sentimento de encaixe quase perfeito, que nos trama o ser e me deixa - a mim - sem vontade? Tiras-me a fome, o sono e o gosto em ser solteira. Não que sejamos comprometidos, mas não consigo parar de os comparar a todos contigo. E não evito a admiração que sinto ao aperceber-me do quão imprestável são eles ao teu lado. Não percebo, não me cabe na cabeça. Não sei quando é que isto aconteceu, quando é que passei de perder apostas, a perder-me para ti. Porquê que conversar contigo é tão confortável, e porquê que conhecer-te tem sido o maior desafio da minha vida? E como se não bastasse, tens um raio de uma aparência de bradar aos céus. Sim, porque esse carisma todo já não chegava. Mas, ao fim e ao cabo, não sei se te quero ou se te uso, e a indecisão mata-me. E se tenho que morrer, que não seja de outra forma.






